<aside> 💡 A sua newsletter não precisa seguir sempre o mesmo formato, mas manter um padrão deixará o seu leitor mais confortável e reforçará o hábito de leitura. Como sabemos, não é fácil entrar na rotina de alguém. Esse laço tende a ser mais forte se você oferecer algo de que essa pessoa realmente precise. Considere os pontos a seguir.

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Alguns formatos possíveis:

Por que pode ser útil criar seções dentro de uma newsletter?

Agora que você já viu alguns dos principais formatos editoriais, considere se é o caso de organizar a estrutura de sua newsletter como um conjunto de seções fixas, que farão parte de todas as edições. Talvez isso não faça sentido se você optou por uma news com um único textão ou uma lista de links. Mas, em muitos outros casos, o caminho será criar seções fixas, como as divisões internas usadas por jornais, revistas ou mesmo alguns podcasts. Elas ajudam a audiência a se familiarizar com o veículo e a estabelecer uma expectativa com relação às edições seguintes. Também tornam mais perceptível a proposta de valor da edição.

As seções também permitem que você equilibre o tom da edição, a partir do mix de assuntos que escolher para cada uma das notas. Seções podem funcionar para bem distribuir e valorizar vários aspectos de um mesmo assunto, numa news monotemática, por exemplo; e servem para ampliar o espectro temático numa newsletter que comporta assuntos diversos. Veja um exemplo da newsletter Maternews, produzida pela Galápagos, a mesma empresa que desenvolveu a plataforma gStack.

A newsletter é focada em um tema-ônibus — maternidade e criação de filhos pequenos — e carrega uma série de subtemas que se somam, resultando no mix de cada edição. Seu conteúdo está organizado em seções, que alternam notas curtas e longas, textos articulados e entrevistas na forma de pingue-pongue e até mesmo algumas seções curtíssimas, com nomes como “Falou e disse” (frases), “Para ler –- ouvir, ver, assistir” (indicação de livros, sites e outros conteúdos), “Saca só que sacada” (compras), “Vale o clique” (sugestões de links), ou “Cozinha prática” (receitas). Nem todos os assinantes que abrem a newsletter lerão necessariamente todas as seções. Mas quem a abrir muito provavelmente lerá as seções a que está habituado.

Além de distribuírem temas e abordagens como vimos acima, as seções também podem identificar formatos de conteúdo e mídias específicas que você queira linkar na sua newsletter, como entrevistas em formato pingue-pongue, reportagens, perfis ou links para vídeos, músicas, podcasts, filmes, jogos…

Tão importante quanto tudo o que foi dito é que uma newsletter com seções é em si um método de trabalho que ajuda o autor a organizar a sua produção. Ao definir qual é a missão de cada uma das seções, fica mais evidente o que ela entregará ao leitor, seja uma opinião, um argumento, uma reflexão, uma notícia, uma avaliação, uma sugestão de conteúdo ou qualquer outra informação de interesse da audiência. A elaboração de pautas para as seções acaba sendo facilitada.

Quando pensar numa seção que estará presente por algumas dezenas de edições, experimente imaginar que as notas dessa seção podem formar uma coleção, como se pudessem ser reduzidas em um livrinho depois de umas 20 ou 30 edições. Agora imagine como seria o sumário desse pequeno livro. Faça uma lista de assuntos que se complementam; evite redundâncias. Trabalhe essa lista e você terá material para desenvolver a pauta de uma dúzia de temas que poderia abordar numa determinada seção. Agora, trata-se de desenvolver cada um.

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